O ano mal começou e, para os pais de crianças e jovens, já vem aquele gasto extra: o do material escolar. Em 2019, a expectativa é que a conta venha mais alta, já que os preços da categoria subiram, em média, 1,02% no acumulado do ano passado, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE).
Ainda de acordo com a mesma instituição, os livros didáticos tiveram alta de 0,5% nos preços em 2018, enquanto os não didáticos, como livros de literatura, subiram 0,46%.
Esse aumento basicamente é um ajuste [de preços], porque está abaixo da inflação de 4,32%. Em valores nominais está mais caro, mas do ponto de vista da população, alguns itens podem estar mais baratos, mas é preciso pesquisar bastante”, informa Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV.
Algumas dicas foram elaboradas por Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV, Erica Cardoso, gerente de marketing da Estante Virtual, site de venda de livros usados e novos, e Igor Marchetti, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Confira:
No começo do ano, além dos gastos com a escola (matrícula, rematrícula, uniforme, transporte e etc.), a família tem que arcar com outras despesas como IPVA e IPTU, por exemplo. Segundo o coordenador Ricardo Teixeira, da FGV, é importante fazer um planejamento financeiro para saber o quanto se pode gastar sem que as outras contas sejam prejudicadas.
Como são muitas opções de lojas para realizar as compras, uma das sugestões do Igor Marchetti é fazer uma comparação de preços em lojas diferentes.
Para os especialistas, pagar à vista tem a vantagem de não prolongar os gastos, mas é importante levar em consideração o orçamento planejado.
A escola não pode, por exemplo, solicitar produtos de uso coletivo, como os de higiene, limpeza, copos e talheres descartáveis. Também não pode determinar a compra de marcas e lojas específicas. Outra proibição é pedir para adquirir o material na própria escola, o que configura venda casada. De acordo com Marchetti, do Idec, é necessário analisar os itens de uso coletivo e, se perceber algo fora do comum, é possível denunciar.
Ao longo do ano é possível aproveitar algumas promoções fora da época de volta às aulas. A sugestão do professor Ricardo Teixeira é que os pais priorizem os itens essenciais para os primeiros meses de aula, porque os preços tendem a baixar depois que as aulas já começaram.
Segundo os entrevistados, a orientação é pensar em economizar antes desse período de volta às aulas. Criar uma poupança só para estes gastos ajuda na organização financeira do ano todo.